Visita Institucional e Conferência Regional PNEP






No culminar de um ano lectivo assaz trabalhoso, mas profícuo nos resultados, o grupo de formandos do PNEP de Macedo de Cavaleiros, teve a grata visita institucional da Coordenadora Nacional deste programa - a Professora Doutora Inês Sim-Sim - acompanhada de uma representante da Direcção Geral de Inovação e Desenvovimento Curricular-a Drª Maria da Luz Pignatelli - e da Coordenadora Regional - Drª Dina Macias, no dia 12 de Junho/2008.
Após reunião com o Conselho Executivo deste Agrupamento de Escolas, visitaram as turmas onde decorreu a formação PNEP, tendo trocado impressões com as crianças e respectivos professores formandos. No período da tarde, assistiram a uma aula de um formando, reuniram com o grupo de formandos, seguindo-se uma merenda/convívio, onde não faltaram os produtos regionais caseiros e um bom chá transmontano, para além da amena cavaqueira.



A 13 de Junho, marcámos presença em bloco, na segunda Conferência Regional PNEP, que marcou o encerramento das actividades deste programa, no presente ano lectivo, contando com a conferência plenária "Ensinar a Língua, promover o desenvolvimento", proferida pela Professora Doutora Inês Sim-Sim.

A Formadora: Alexandra Subtil

A Menina do Mar

«A MENINA DO MAR»

Sophia de Mello Breyner Andresen

A turma 3 do 3º ano da EB1 nº 3 de Macedo de Cavaleiros, entre os meses de Outubro a Janeiro do ano lectivo de 2007/08 trabalhou a obra supra citada.
Para tal elaborou um projecto de estudo
  • O que queremos saber

Tipo de livro e assunto
Como começa a história
A caracterização do herói
Quais as personagens da história
Lugar onde decorre
Tempo
Acções ou peripécias

  • O que já sabemos
Nome do autor
Biografia
Bibliografia
Título
Edição
Ilustração

  • O que vamos fazer
-ler a obra
-pesquisar
-descrever a obra
-fazer o guião
-comparar
-fazer analogias com o real

Os alunos realizaram várias pesquisas, elaboraram várias hipóteses, fizeram jogos de palavras.
Efectuámos várias sessões de leitura: silenciosa, oral, dialogada, em pares, em grupo, jograis.
Além da leitura, trabalhámos também a escrita, o drama, a expressão plástica.
Exemplos de alguns trabalhos:





A Menina do Mar
É tão bela
E brilha tanto
Como uma vela.
Bela és tu
Com esse brilho que tens
Toda a gente gosta de ti
E até o rapaz
Que se chama Joaquim.



FORMANDA: Augusta Gonçalves

Exercícios de escrita criativa




OBJECTIVOS:
Conhecer a natureza da escrita criativa;
Conhecer algumas características da escrita lúdica;
Produzir textos escritos livres, com vista ao desenvolvimento da criatividade.
Reflectir sobre o funcionamento e o uso da língua portuguesa
Experimentar práticas de escrita facilitadoras da apropriação da escrita.


CONTEÚDOS
Exercícios de escrita criativa: anagramas, acrósticos e retalhos para tecer histórias.

METODOLOGIA
Os alunos da turma formaram quatro grupos de trabalho. Foi distribuída por cada grupo uma folha de trabalho com propostas de exercícios de escrita criativa e, posteriormente, 5 tiras de papel onde escreveram frases sobre uma história tradicional, de acordo com o que lhe foi solicitado pelo professor no quadro. Os retalhos foram baralhados pelos grupos, para tecer histórias diferentes.
Numa fase posterior, cada grupo apresentou o trabalho produzido.

AVALIAÇÃO
A avaliação final teve em consideração as capacidades evidenciadas pelos grupos na escrita dos exercícios de escrita criativa, bem como a sua prestação na apresentação dos trabalhos produzidos à turma.


Invertendo a posição das letras de uma palavra podemos construir um anagrama. Descobrir um anagrama para cada uma das palavras:

a) SERVO - VERSO
b) SOLTA - SALTO
c) CARLOS - CLAROS
d) LATOS - SALTO
e) ROMA - AMOR
f) CORTA - ACTOR
(Patrícia, Ricardo, Cátia, Fábio, Kévin e Francisco)

a) SERVO - VERSO
b) SOLTA - ALTOS
c) CARLOS - CLAROS
d) LATOS - LOTAS
e) ROMA - AMOR
f) CORTA - TOCAR
(Mariana, Andreia, Vítor, Laura e Beatriz)

Brincadeiras com letras (acrósticos):Escrever para formar palavras da mesma área vocabular da palavra escrita na vertical.

E - ESTUDAR
S - SALA
C - COLA
O - OBEDECER
L - LÁPIS
A - AMIGOS

T - TRABALHADORES
U - UNIDOS
R - REGRAS
M - MATERIAL
A - ALEGRIA
S - SACOLA
(Patrícia, Ricardo, Cátia, Fábio, Kévin e Francisco)

E - ESTUDANTE
S - SALA
C - CANTINA
O - OBEDEDIENTES
L - LIVROS
A - ARMÁRIOS

T - TRABALHADORES
U - UNIDOS
R - REBELDES
M - MALUCAS
A – APRENDER
S - SABEDORAS
(Mariana, Andreia, Vítor, Laura e Beatriz)

Escrever um acróstico com o nome de um aluno do grupo: Patrícia
Penso que na sala sou
A melhor aluna da turma.
Temos cuidado com os amigos,
Ricardo vai ser operado.
Isto é uma brincadeira
Com o Ricardo no hospital
Isto não dá resultado
Antes de ir para casa.
(Patrícia, Ricardo, Cátia, Fábio, Kévin e Francisco)

Nome de um aluno do grupo: Mariana

Meu nome não é Marta
Anabela nem pensar
Rio-me à gargalhada
Infeliz nunca estou
Ainda não acabou a adivinha
Nem pensar que te vou dar a resposta
Amanhã talvez saibas o meu nome.
(Mariana, Andreia, Vítor, Laura e Beatriz)

Com as cinco frases soltas (sublinhadas no texto), o nosso grupo foi capaz de produzir esta história:
Era uma vez três porquinhos que tinham medo ao lobo. A história passou-se no palácio grande com a princesa e o príncipe. Encontraram os três porquinhos a fazer um piquenique e o porquinho mais velho disse-lhes se queriam comer qualquer coisa. Passou-se que o lobo queria comer o capuchinho vermelho e a sua avó mas um caçador ouviu os gritos e pôs tiros ao ar para assustar o lobo. Foi a Gata borralheira dançar com o príncipe e depois zangou-se com o príncipe. O capuchinho e a avó ficaram felizes porque o lobo não os comeu.
(Patrícia, Ricardo, Cátia, Fábio, Kévin e Francisco)

Era uma vez uma rainha e um rei que tinham uma filha tão linda, tão linda, que se chamava Branca de Neve. A história passou-se numa casa muito grande. Mas foi que o príncipe descobriu a dona do sapato de Branca de Neve. O problema era o lobo mau que estava esfomeado. A história acaba em casa do porquinho mais velho que ajudou os seus irmãos.
(Mariana, Andreia, Vítor, Laura e Beatriz)




Escola E B 1 de Macedo de Cavaleiros n.º 1, Turma 7, 3º Ano (2 grupos)

"A MAGIA DA VERDADE"

Trabalho conjunto dos formandos Fernando Pinto e Anunciação Afonso

Só fica aqui a vontade de verem mais...

Escrita Textual

No dia 13 de Maio de 2008, os alunos do 4º ano, da turma 4, da escola nº4 de Macedo de Cavaleiros, na aula de Língua Portuguesa, em grupo, produziram textos onde os verbos contam uma história.

O produto final foi o seguinte:

O Pretérito Imperfeito conta uma história

Quando íamos a Marrocos...
Grupo 1(Ana,Maria,Sara e Paulo)
Eram 3 horas da manhã, enquanto caía o avião por falta de gasolina.
O seu destino era Marrocos, mas o avião aterrava no Egipto, com um som forte.
Já no solo, os passageiros eram eliminados por ordem alfabética, começava na Ana, seguia a Jéssica, a Maria, o Paulo e a Sara por último.
Corriam como loucos, e procuravam um abrigo, enquanto o avião explodia. Entravam na porta quando aparecia o faraó que iluminava e assustava o grupo.
Faial e Caracol ladravam mas não valia a pena.Fugiam e entravam noutro avião que partia para Lisboa.



Grupo 2 (Filipe, Francisco, Filipa, Pedro) O Futuro conta a sua história
O Manquinhas fará uma máquina que depilará os pêlos do corpo ,como também brincará com ele.
Ele rirá muito e será muito famoso, porque concretizará o seu sonho.
Na cama dormirá muito bem e pensará que terá muitas pessoas que torcerão por ele especialmente miúdas.
Mas no fim da sua carreira,ele gritará e conseguirá um globo de ouro que o consagrará como campeão.

Grupo 3 (Ali, Gonçalo, Luís, Laura e Rodrigo)
O Presente conta a sua história
Ele traz um cão
Eu estou na terra com um carreiro de formigas à minha frente e de repente sou um cão indefeso dentro de um carro .
Como sou um cão enorme mal caibo bagageira.
Não faço ideia para onde vou, mas sei que vou com a minha família e trago muita tralha.
Adoro quando ando de carro muitas vezes, porque trago o focinho fora do vidro.
Isso é o que eu normalmente faço.Não sou grande apreciador de assentos de automóveis, nem quando entro numa nova casa,depois da viagem.
É muito grande, a relva onde eu deslizo. De repente dessa casa ouço uma voz que diz:- Ele traz um cão.

Grupo 4 (Sofia, Fábio, João,Arlindo e Jéssica )O pretérito Perfeito conta a sua história
O dinossauro desapareceu
À séculos atrás houve um dinossauro que chamou o amigo da raça T-REX.
Como ele foi muito mau, um dia, assustou os outros dinossauros.
Os outros tiveram tanto medo que desapareceram todos, mas um bebé filho do dinossauro ficou triste porque não viu a mãe que desatou e correu até que desapareceu no meio da mata.
O Encarnado aprendeu a lição e chamou os outros. Como não viu o seu filho, ficou tão triste que nunca mais voltou e seguiu o seu caminho.
Alguns alunos fizeram ainda:

ARRAIOLOS DE LETRAS ( escrita de textos em que a primeira letra de cada palavra tem que ser igual à última da palavra anterior)
António Oco, ondulava as santolas sempre e escrevia aos sábados.
Sempre educava a Ana, andava a aterrorizar-lhe e enterrava anéis sempre.
Então o Oco, organizou uma animação.
O Oco ouvia, aborrecia-se e entregava-se enquanto ondulava as santolas.
Sinistramente, ele emitia à Ana animações secretas.
Segundo o Óscar, acalmava-se enquanto o Oco ouvia a Anastácia alegremente.
Enfim, manualmente, ele emitava a Anastácia ( cantora POP ).
(Francisco Morais)

Ruca André

Ruca André é emocionante e electrónico.
Orica, a Avis são operacionais sem mal.
Lor Robot tonto, onde é então o Ogelatov? Vende emonoides singulares e sintéticos, sai internadamente espancado.
Ogelatov vive em Moçambique, em muitas salas sónicas. Segura a Amélia amparando o olhar ratoeiro.
Ogelatov vem olhando, operacionando o otorrinolaringologista.
Adavis saltava, andando, olhando o Ogelatov.
(Ana, Fábio, Sérgio e João)


Animais sensatos sem mulheres

Sapo otorrinolaringologista Socos, sapos Serpentes secas
Armado oralmente Senhoras satisfeitos Serpentes seis
Entre espertas senhoras Sem macacas Sem mulheres
Saias, sacos, sapatos. Sem matas Sem multidões

Sainhas sem marcas Sem senhoras
Sem miniaturas Sem malandrices
Sem mulheres Sem mimos
Sem madrugadas Sem magnitudes
(Ali, Fábio, Sofia)


Trabalho realizado pela Tuma 4/4ºAno
Formanda: Olímpia Zamora




































































SESSÕES TEMÁTICAS 12 E 13


Após a abordagem à diversidade de competências envolvidas na produção textual, em particular as competências gráfica, ortográfica e de textualização, passámos à construção de textos de diferentes géneros discursivos, com vista a proporcionar a descoberta e a utilização de funções diversificadas da linguagem escrita.
Sugerimos uma série de exercícios, tendo como principal objectivo, levar os colegas a escreverem de forma mais livre, mais desenvolta, mais criativa. O produto final não é importante, o mais importante é o trajecto que se descobriu, o vocabulário que se alargou, o imaginário que foi explorado, o mais importante é o processo.
Como referem Santos e Serra (2007:182)) “A criatividade é algo que todos podemos utilizar.(…) é como se estivéssemos a trabalhar um músculo. Quanto mais o exercitarmos, mais eficiente se torna, mais forte fica, mais capaz de se adaptar a mudanças e desafios.”
Propusemos diversos exercícios:
1- Escrever com cores: escrever no início de cada linha o nome de uma cor. À frente de cada cor, escrever o que ela sugere ; fechar o texto com uma frase-síntese e dar-lhe um título.
O Azul é:
A cor das ondas do mar, do céu, dos olhos da menina, das crianças a brincar, das borboletas a voar, dos montes, dos lagos, das águas límpidas, dos sonhos, das fantasias, da liberdade, da solidão, do ciúme, do infinito, do frio…infelizmente é a cor do Porto.
(Teodoro, Ana, Filomena, Anunciação)

Amarelas… são as cascas dos limões, as pétalas dos girassóis, as estrelas, as gemas dos ovos e as caras dos formandos do PNEP a esta hora da noite…
(António Alfredo, Helena, Fernando, Deolinda)

2- Partituras à mistura: escolher vários sons feitos por objectos que tenham à mão; pensar que histórias podem contar com esses sons; escolher uma cor diferente para cada som; escrever a história, pondo, numa linha por cima do texto, a banda sonora em gráfico.

O João tentou abrir o ZZZZZ cinzento da mala e não conseguiu.
Lá dentro ouviu um som TTT muito ténue, amarelo pálido.
Curioso pegou na TCHC TCHC verde esperança e tentou desencravar o ZZZZZ cinzento.
Quando se debruçou sobre a mala ouviu as TLITLITLI prateadas que julgava perdidas e sorriu. Foi então que os ruídos TCTCTC nervosos e vermelhos se intensificaram dentro da mala e lá de dentro Vvvvv saiu a esvoaçar trôpego, um pássaro já meio roxo.

(António Alfredo, Helena, Fernando, Deolinda)

3- Literatura deficional: num curto texto – uma frase apenas – substituir todas as palavras lexicais, pela sua definição encontrada no dicionário.

Frase distribuída:
“A ortografia é um problema que surge todos os dias, no início da aprendizagem da escrita.”
Depois da consulta do dicionário:
“ A forma correcta de escrever as palavras é uma coisa difícil de resolver, que ocorre diariamente, no princípio da aquisição da leitura.”

4- Definições muito próprias: formular definições muito próprias de realidades abstractas…

O céu é…
…o limiar da eternidade.
…o espaço infinito onde giram os astros.
…o lugar onde vivem os sonhos.
…o limite dos audazes.

5- Anagrama: Escrever os nomes próprios de cada elemento do grupo; descobrir que frase se pode fazer com todas as letras dos nomes.

ANTONIO HELENA FERNANDO DEOLINDA

“NON” HÁ LEITE DO DIA NA DONA FERNENOL.

6- A partir de uma imagem de Marc Chagall, foi pedido aos grupos para produzirem: um texto descritivo, um texto informativo e um opinativo.
Texto descritivo:
Nesta imagem vemos, em primeiro plano, uma cabra e um rosto humano, de perfil, que lhe dá uma planta.
Ao longe, vemos uma pequena aldeia com uma igreja.
Um homem dirige-se para um trabalho campestre.
Ouvem-se os sinos que tocam e sente-se o cheio do leite.
A cabra está a ser ordenhada para alimentar o homem/divindade.
(Helena, Teodoro, Anabela, Fernando, Drª Dina)

7- Anagrama : a partir de grupos de letras dadas, descobrir quantas palavras se podem escrever com essas letras (sem repetir nem deixar nenhuma de fora); escrever o texto mais curto que se conseguir, usando essas palavras sem as modificar.

PRTOA
parto - prato - trapo - porta - tropa - topar - rapto - optar - potra

Parto o prato na porta da tropa ao optar por topar o rapto do trapo da potra.
(Helena, Teodora, Fernando, Anabela, Drª Dina)

CSTOA
Costa - tosca - casto - tacos - cotas - tocas - actos - tasco

Costa Casto pegou nos tacos, em actos irreflectidos foi ao tasco ver os cotas nas tocas e apaixonou-se pela tosca.
(Ana, Anunciação, Natividade, Maria Augusta)

SCOA
soca - caso - saco - cosa - ocas - caos - coas – asco
Ocas e asco quando côas pelo saco a água da soca. Fica o caos caso cosa na máquina.
(Olímpia, Deolinda, Rogério, Cecília)

8- Estragar para … fazer melhor: escolher uma história tradicional; recontar a história escolhida, de forma chata, ou com suspense, ou mais confusa, ou mais difícil…

Conto tradicional camuflado (A cigarra e a formiga)
Ei-los que partem, novos e velhos… em busca de novas oportunidades.
A Europa é o destino sazonal de alguns portugueses. Buscam a Suíça, a Alemanha, o Luxemburgo, Andorra, França e Reino Unido, à procura do trabalho temporário que esses países têm disponibilizado nos últimos tempos para os estrangeiros.
Vários portugueses têm aproveitado esta oportunidade considerando-a uma mais valia para os seus recursos económicos, sentindo-se perfeitamente integrados nos países que os recebem. Outros não vão à luta…
A rotina instala-se, a vida fácil e preocupada é o seu quotidiano, os concertos enchem e o trabalho cansa.
Uma vida sem ideais, sem esforço e trabalho produtivo desembocam no queixume, na mágoa e na subsidiodependência, tão típica da nossa sociedade.

8- Recortar palavras de um jornal e metê-las num saco. Agitar, despejar e formar com elas um texto pela sua ordem de saída. Depois, compor um texto, completando-o e dando-lhe uma forma minimamente lógica.

Mudam-se os tempos, muda a canção
Muda o responsável, muda o leilão
Seja Primavera, seja Verão,
Vivem os portugueses em grande opressão.

Dizem as finanças com convicção
Comam as cascas, deixem o grão
Com mão de ferro, reina a opressão.
(Helena, Teodoro, Fernando, Anabela, Drª Dina)

Anúncio publicitário
Sente-se sozinho?
Estacione o carro, compre jóias e um relógio. Avance pelo mundo, por favor, traga a factura que a campanha da Kellogs Special K paga.
Não perca tempo!
A oferta é limitada!
(Rogério, Olímpia, Deolinda, Cecília)

NÃO à Igualdade
Viva a ditadura
NÃO à democracia
Viva a tirania
NÃO à execução dos serralheiros
Viva o capitalismo
NÃO à harmonia
Viva a celulite
NÃO à liberdade
Viva o nudismo no Salazarismo
NÃO à sobriedade
Viva o alcoolismo
NÃO ao ouro e sim ao “Passat”
Viva a discriminação
NÃO à informática
PROCURA-SE MODERNIDADE…
(Ana,Augusta,Anunciação,Natividade)

9- Com diferentes associações de palavras, construir um texto.

"Menina dos olhos… não gosto de molhos.
Couro cabeludo… gatinho peludo.
Ossos da bacia… tanto que ela ria.
Maçãs do roso… coradas com mosto.
Vasos sanguíneos… tão rectilíneos.
Céu da boca… cabeça oca.
Barriga da perna… não vou à taberna.
À flor da pele… lábios de mel.
Pele de galinha… Vou à madrinha.
Boca do estômago… estômago na boca…
Que ideia louca!"
(Helena, Teodoro, Fernando, Anabela, Drª Dina)

"Nós professores queixávamo-nos, andávamos cabisbaixos, deprimidos, vivíamos isolados, trabalhávamos sem motivação porque tínhamos apenas um ou dois alunos.
Eis que aparece a Srª ministra que, com o seu discurso traz água no bico. Faz-nos crescer água na boca com as suas promessas. Acentuou que, águas passadas não movem moinhos. Então, passarão a sentir-se como peixe na água. Turmas numerosas, escola a tempo inteiro e o seu discurso é persistente. A plataforma sindical continua a fazer uma tempestade num copo de água, depois de tanta retórica, afinal, tudo ficou em águas de bacalhau. Mas, caros professores! Nunca digam, desta água não beberei!..."
(Rogério, Olímpia, Deolinda, Cecília)

Figo tem cuidado! …
Se quiseres comer o pão que o diabo amassou mistura alhos com bugalhos, mete-te em assados, puxa a brasa à tua sardinha e vai tirando nabos da púcara deste e daquele…
Mas, se pensas que desta forma tens a faca e o queijo na mão, podes estar enganado! …
Pode começar a cheirar a esturro, do teu lado. Pois, o caldo pode entornar e alguém aproveitar, chamando-lhe um figo à grande confusão.
(Ana, Augusta,Anunciação,Natividade)
FORMADORA: Alexandra Subtil

Escrita criativa

Na aula Pnep de 5 de Maio de 2008, os alunos da escola E B 1 nº1, da turma 7, 3º Ano realizaram, em trabalho de grupo, alguns exercícios de escrita criativa: anagramas, lipogramas e textos com letra imposta. No final da aula expressaram a sua opinião em relação às actividades desenvolvidas.









O que os alunos da turma escreveram sobre as actividades desenvolvidas...

Gostei muito desta aula. Foi bem divertida! (Sofia)
Eu adorei esta aula. Foi diferente e diverti-me imenso. (Laura)
Adorei esta aula. Foi divertida. Quero ter mais aulas assim. (Cátia)
Eu gostei muito porque foi uma aula diferente, divertida e interessante. (Diogo)
Foi uma aula diferente e divertida. (Mariana)
Gostei porque aprendi a fazer outras coisas, para eu fazer em casa. (Diana)
Não gostei muito porque tive dificuldades no anagrama e no lipograma. (Beatriz)
Gostei mais desta aula por ser uma aula diferente das outras. (Cristiana)
Tive dificuldades no anagrama e no lipograma. Por isso, não gostei muito. (Inês)
Eu gostei muito desta aula. Achei engraçado, uma aula diferente das outras. (Kévin)
Eu gostei muito da aula, foi engraçada. Aquilo que achei mais difícil foi o anagrama. Espero que tenhamos mais vezes. (Patrícia)
Achei a aula muito divertida. Foi engraçada porque fizemos trabalhos em grupo. (Vítor)
Gostei da aula, porque trabalhámos em grupo e também fiquei a saber fazer coisas diferentes. (José Alho)
A aula foi gira e engraçada. Descobri coisas novas para jogar em casa. (Andreia)
Gostei da aula. Foi divertida e engraçada. Foi um bocadinho complicado. (Ricardo)
Eu gostei muito desta aula, foi divertida e engraçada. (Fábio)
A aula foi divertida e aprendemos coisas. Gostei. (José Carlos)
Gostei desta aula porque foi muito engraçada. (Francisco)
A aula foi um bocadinho complicada no texto do lipograma, mas gostei bastante. (Rui)
Tínhamos algumas respostas complicadas, mas conseguimos fazê-las na mesma. E gostava que se repetisse mais vezes. (Eduardo)
É importante e divertido fazermos estes trabalhos em grupo. Gostei muito. (Lara)
Eu gostei da aula de hoje. Achei engraçado não pôr umas letras. (Carlos)
Gostei desta aula porque foi engraçada e diferente das outras aulas. (Gonçalo)
Eu gostei muito desta aula (Xavier).

O HIPOPÓTAMO VAIDOSO

Objectivos: Desenvolver o gosto pela leitura. Praticar jogos de palavras. ouvir ler histórias. Identificar personagens. Ordenar frases. . Leitura de frases. Construir uma história a partir da leitura de um conjunto de frases.


Ler frases em forma de:


Ler frases em colunas:



Palavra "pirata" numa frase.


Leitura de frases em puzzle





Personagens da história " O hipopótamo vaidoso".



O HIPOPÓTAMO VAIDOSO


O senhor hipopótamo Gingão estava muito vaidoso porque a sua filha Bolinha ia casar-se com o senhor elefante Pé-pesado, animal muito importante da floresta.
O senhor hipopótamo foi, a correr, ao alfaiate e disse-lhe:
- Mestre Sovela, quero que me faça um fraque do melhor tecido que tiver.
- Se o tecido chegar, pode estar descansado que lho faço. Mesmo assim, seria melhor que o senhor fizesse uma dieta até ao dia do casamento – aconselhou Mestre Sovela.
- Está bem, está bem, eu faço a dieta. Não é todos os dias que se casa uma filha – respondeu o senhor hipopótamo, muito empertigado.
O nosso amigo Gingão não conseguiu fazer a dieta, pois a tentação era muito grande com todas aquelas guloseimas que a senhora hipopótamo ia fazendo para o dia do casamento.
Bombom aqui, bolo acolá e a barriga do senhor hipopótamo crescia, crescia! Mas, para se consolar, e cego de vaidade, ele dizia:
- Não interessa que eu não tenha emagrecido.
O fato do casamento está tão bonito, que todos os convidados vão olhar para ele e nem vão reparar que eu estou um pouquinho forte. Porque eu não estou gordo, estou simplesmente forte.
No dia do casamento o senhor hipopótamo Gingão levantou-se muito cedo, vestiu o fraque e foi mirar-se nas águas do rio enquanto dizia para si próprio:
- Estou memo bonito! Vou ser o mais elegante da festa! Entretanto começaram os convidados a chegar e, quando já não faltava mais nenhum, o senhor hipopótamo virou-se para a sua filha, Bolinha, e disse:
- Dá-me o teu braço para que eu te leve ao teu noivo Pé-pesado.
A Bolinha assim fez e deu o braço ao seu pai Gingão. Quando passavam por entre os convidados, o senhor hipopótamo reparou que a senhora avestruz olhava muito para a sua barriga, e logo ele pensou:
- O melhor é eu encolher a barriga para parecer mais elegante.
E zás: encolhe a barriga e caem-lhe as calças. Todos os convidados desataram às gargalhadas ao verem o senhor hipopótamo em cuecas.
Desse dia em diante, o senhor hipopótamo jurou a si próprio que nunca mais seria vaidoso.

Ana Jardim, Histórias Infantis com bichinhos e bicharocos, Editora Ausência

Fichas de trabalho




ANABELA LOUSADA PINTO

E.B.1 Nº1 DE MACEDO DE CAVALEIROS

TURMA 8 - 2º ANO

Escrita Criativa

Competências:
-Usar multifuncionalmente a escrita, com correcção linguística e domínio das técnicas de composição de vários tipos de textos.
-Experimentar percursos individuais ou em grupo que proporcionem o prazer da escrita.
-Promover a divulgação dos escritos como meio de os enriquecer e de encontrar sentidos para a sua produção.
-Produzir textos escritos com intenções comunicativas diversificadas.

Escrita com tema sugerido:






Baralhar histórias
“A Engrácia”- Mãe, porque é que eu me chamo Engrácia?
Como era dada à solidão e às coisas do pensamento, recebia poucas visitas.
- Que queriam eles?
- Eu é que já não estou a achar graça nenhuma!
A mãe poisou o tricot da meia meia-feita, outra meia por fazer, no colo e olhou a filha.
Mas, tinha a voz tão fraca que ninguém a ouvia.
O ar fino e puro entrava na alma e, na alma espalhava alegria.
Era o vento que tinha parado e lhe dizia:
- Noite de chuva como um violino desafinado…u…u…u…
A Engrácia nem reparou.
E assim, ela compreendeu o significado do seu nome.


“Baralhámos” as histórias, a partir dos seguintes livros:

“Aventuras da Engrácia”(Maria Alberta Meneres)
“Serra Bendita” (Eça de Queirós)
“O gato” (Pedro Alvim)
“A história da papoila” (Luísa Ducla Soares)
“”Histórias com todas as letras” (José Jorge Letria)
“História da égua branca” (Eugénio de Andrade)

“As andanças da coelhinha e de D. Sebastião são as chuteiras”

A coelhinha Fifi vai contente para a escola com uma mala bem forte.
Foi a África combater os mouros… mas queria ver o seu nome escrito nos livros de história antigos… e acabou, no nevoeiro, por sumir. Toda a gente chorou o desaparecimento. O tempo tinha melhorado… e tentavam, em vão, encontrar a Fifi.
- O que é aquilo?
- É a Fifi.
- Onde andou ela quatrocentos e tal anos?
- Não voltes a fugir – disse a mãe da Fifi.
Na escola D. Sebastião esperava a Fifi.
- Tinha Fifi de apresentar a história?
- O que tens tu para apresentar à aula?- disse a professora.
- Nenhum trabalho. Trago na minha memória tudo o que eu passei.

“Baralhámos” as histórias, a partir dos seguintes livros:
“Chuteiras voadoras” (Manuela Ribeiro)
“A coelhinha vai à escola” (Maria Adelina Couto Viana)
“As andanças do senhor Fortes” (António Mota)
“Sebastião regressa a casa” (Nuno Mark)

Letra imposta


Estas actividades promoveram interacção entre as crianças e, entre estas e o professor, possibilitando o diálogo, a troca de impressões que conduzem ao progressivo domínio da estruturação da linguagem escrita.

Formanda: Deolinda Ferreira
EB1 de Chacim
T2: Alunos de 1º e 4º anos

O Soldadinho de Chumbo

Para conhecer a vida e obra de Hans Christian Andersen, foi proposto aos alunos a pesquisa biográfica deste autor. Seguindo-se o estudo mais aprofundado sobre a uma das suas obras: "O Soldadinho de Chumbo", que culminou com a elaboração de um livro por parte dos alunos, onde foi efectuado um resumo da história com um final diferente.
  • Biografia

  • Elaboração do Livro












  • Resumo

Nesta fase do trabalho para além de um resumo colectivo, os alunos recorreram à sua criatividade e imaginação efectuando um resumo individual com um final diferente.


Aqui fica um exemplo:

(Ana Luísa)



Para finalizar o trabalho sobre esta obra, os alunos apresentaram uma pequena dramatização dentro da sala de aula.


Trabalho realizado por: Alunos de 4º Ano

Formanda: Olímpia Morais

Escola: N.º4 de Macedo de Cavaleiros




Do livro às histórias, das histórias às palavras, à estética e às artes

Ana Maria Pereira
ana.mfpp@mail.telepac.pt

Filomena Prada
mena-pires@sapo.pt
Agrupamento Vertical de Escolas de Macedo de Cavaleiros


Resumo
A comunicação que apresentámos na plenária regional do programa do ensino de português, intitulada “Do livro às histórias, das histórias às palavras, à estética e às artes”, dividiu-se em três momentos: o poema “desabafo” da autoria de Francisco Lopes constituiu-se como o 1.º momento, possibilitando-nos reflectir sobre pedagogias transmissivas que prevaleceram durante décadas, coarctando a imaginação, a fantasia, a invenção e a criatividade; o segundo, refutou o primeiro porque se privilegiou a pedagogia da participação, da descoberta e da conquista. Incidiu, este momento, sobre duas experiências de acção didáctico-pedagógica ao nível do ensino do Português, com uma turma do 1.º ano do Ensino Básico, sob a orientação da formadora Dra. Alexandra Subtil; no terceiro e último momento apresentámos, num diaporama, uma sinopse do trabalho desenvolvido durante a formação com essa mesma turma.



Desenvolvimento
Actividade 1 – O Bicharoco que era oco
O Bicharoco que era oco, de Ana Ventura & Carla Pott, é um álbum narrativo com particularidades de jogo. Descreve a história de um bicho que um dia “despertou” e descobriu que ainda não era nada. Ao longo da história ele interroga-se sobre o que é que vai ser. Enquanto pondera várias possibilidades, explica formas e cores para o seu novo corpo, até se vir a metamorfosear…

Objectivos
Desenvolver a compreensão oral; Desenvolver a comunicação oral; Fomentar a criatividade, a fantasia, a invenção e a imaginação; Estimular o desenvolvimento da sensibilidade estética; Construir versos com a sonoridade de rima.


Procedimentos
Leitura da história de uma forma expressiva, pausada e interactiva, sem que a criança tivesse qualquer tipo de contacto com o livro. As crianças à medida que ouviram a história descodificaram mensagens, fizeram inferências, realizaram as suas descobertas e registaram graficamente as configurações do que entendiam, da sua interpretação. Através da representação gráfica a criança sonhou, imaginou, fantasiou, visualizou, exprimiu e transformou ideias, resolveu situações… ou seja realizou acções criativas que nos revelaram as suas idiossincrasias.Os resultados finais adquiriram contornos substancialmente diferentes mediante as competências e o conhecimento enciclopédico de cada uma das crianças.
Nas figuras seguintes apresentam-se dois exemplos do trabalho final.










De seguida apresentou-se o livro e todos os resultados, em termos de representação icónico-gráfica, foram comparados com a ilustração final da autora da obra.












Houve também a manipulação do computador por parte da criança para que esta recontasse a história através da projecção de imagens.




Foram ainda apresentados insectos embalsamados. O entusiasmo evidenciado pelas crianças foi visível, manifestando uma enorme vontade de observar de perto as caixas com os “bichorocos” que iam passando pelas suas carteiras. Ficaram curiosas, admiradas e satisfeitas, querendo descobrir ao pormenor cada animal. Neste sentido, notámos que a predisposição das crianças para a aula foi intensa e todas se interrogavam sobre os insectos, facto fundamental que se revelou essencial, uma vez que se deu voz às crianças.



Participaram ainda activamente na leitura e representação gráfica de imagens que rimavam com oco. Finalmente construíram o seguinte poema utilizando essas rimas.





Actividade 2







Considerando que o “ELMER” é um dos melhores livros de literatura para a infância, escrito por autores estrangeiros, a sua exploração resultou, para nós, numa aula dinâmica e pensada mediante a faixa etária das crianças.




Objectivos
Desenvolver a compreensão e a comunicação orais; Fomentar a criatividade, a fantasia, a invenção e a imaginação; Desenvolver a compreensão de símbolos e sistemas de sinais visuais; Desenvolver competências de leitura e de escrita.

Procedimentos
Visualização de uma imagem (representação gráfica de um elefante) por uma criança sem que os restantes elementos do grupo/turma tivessem qualquer tipo de contacto com a mesma.Descrição oral da imagem para que as outras crianças pudessem realizar a representação mental e, consequentemente, chegassem à descoberta do animal.



Distribuição de um envelope contendo uma peça de um puzzle gigante (Elmer) pelas crianças. Montagem do puzzle, através de jogos de associação de cores e de ordenação sequencial de letras que se encontravam em cada um dos envelopes.
As crianças construíram o puzzle e depois de todas as peças colocadas visualizaram a figura final e escreveram palavras, no caderno, que iniciassem pela letra que lhes foi sorteada. Cada criança seleccionou uma das palavras que tinha escrito e escreveu-a no quadro com a intencionalidade de se estabelecerem relações com o elefante do puzzle.

De seguida apresentou-se o livro que continha a história do elefante do puzzle… Fez-se a leitura do texto (do qual se apresenta um excerto) de forma expressiva; mostrando em simultâneo algumas imagens.








Colocaram-se questões relacionadas com a história reflectindo as “diferenças” entre a imagem inicial, descrita e observada, e o animal da história. Relacionaram-se os acontecimentos da história com experiências do dia-a-dia e debateram-se, em grande grupo, as respostas dadas. Fez-se, posteriormente, o reconto oral da história.

E porque um elefante pode ser um ELMER preenchido com cores ou outra coisa qualquer… as crianças preencheram os quadrados com letras e levaram para casa com a intencionalidade de contarem a história aos pais e pintarem o seu ELMER, conjuntamente.


Finalmente, em folhas de papel A3, as crianças representaram graficamente o seu “auto-retrato diferente” a partir da expressão “se eu fosse diferente seria…”. Na apresentação feita pelas crianças, dos trabalhos realizados, fomos invadidas pela estranha sensação de que o maravilhoso, o absurdo ou nonsense estava presente na componente icónica e nas palavras proferidas que poderiam ser ingredientes de uma nova história.


Considerações Finais
Nas intervenções que temos vindo a realizar percebemos que das histórias do passado… ao presente com histórias reais, em mundos possíveis, revisitámos, um pouco, o que se constituiu para estas crianças num trabalho com histórias, palavras, estética e arte. Isto, porque cada livro tem uma história para nos contar e porque em cada história moram as palavras que se observam, também elas, simples ou inseridas nas ilustrações, criando uma simbiose icónico-textual.
Concluímos referindo que levar uma criança à expressão oral clara e adequada é ajudá-la a dar os primeiros passos nesse processo. Portanto, enquanto professoras, julgamos que a melhor gratificação que podemos ter é ver no sorriso de cada criança a alegria sincera da motivação e no seu olhar a confiança de estar a dar passos firmes e incisivos na evolução do processo de construção de competências literácicas.

Deixamos outro registo, para quem quiser explorar a história do ELMER em inglês...